As 9 maiores tendências da IoT para o mundo moderno

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A transformação digital e a indústria 4.0 seguem acelerando o desenvolvimento das organizações. Trata-se de um fenômeno que indica que muitas inovações estão previstas para esta década.

Em um cenário dominado por inteligência artificial e dados cada vez mais avançados, é difícil deixar a Internet das Coisas (IoT) fora de uma lista. De fato, a IoT é uma das revoluções mais importantes do momento, sendo responsável pelo sucesso de tecnologias como a conectividade 5G e o metaverso nascente. 

Conheça mais a respeito da Internet das Coisas e saiba quais são as tendências para o futuro não muito distante! 

Tendências de IoT para os próximos anos

A Internet das Coisas chegou para unir os mundos físico e digital, capturando informações a respeito do funcionamento dos equipamentos e os transcrevendo de forma digital. 

As tendências para a IoT de longo prazo são promissoras. De acordo com a Mordor Intelligence, espera-se que o valor de mercado da tecnologia IoT aumente para US$ 1,39 trilhão até 2026. Com foco especial na segurança, o Brasil poderá representar receitas de cerca de US$ 200 bilhões a partir de 2025, segundo estudo do BNDES

Esse crescimento incrível provavelmente se deve a vários fatores: 

  • A pandemia do COVID-19 acelerou o avanço do monitoramento remoto, dispositivos domésticos inteligentes e soluções de análise de dados; 
  • As empresas estão correndo para desenvolver melhores soluções de inteligência artificial. Isso geralmente exige uma rede de sensores avançados e computadores de borda no escopo da IoT;
  • As redes IoT podem realizar algumas tarefas com mais eficiência do que soluções centralizadas. 

No entanto, as perspectivas de curto prazo da tecnologia são atingidas pela escassez de componentes eletrônicos, o que prejudica as projeções de crescimento. 

Em vista da alta demanda e baixa oferta de chips semicondutores, as soluções de IoT se tornaram mais caras de produzir. E a pandemia só contribuiu para piorar a situação. 

Embora a produção dos semicondutores tenha crescido, ainda vai levar muito tempo para que a escassez de chips acabe. Muitas empresas estão antecipando as compras de seus estoques de semicondutores, em vez de usar uma solução just-in-time. 

A escassez de semicondutores em 2022, segundo a Forrester, limita o crescimento dos mercados de IoT em 10 a 15%. 

No entanto, há uma luz no horizonte. Em fevereiro, a União Europeia aprovou o European Chips Act, uma combinação de investimentos públicos e privados para apoiar os esforços e resolver a escassez da cadeia de suprimentos. 

O maior gargalo na tecnologia da Internet das Coisas é a largura de banda. Quanto maior a largura de banda, menor a latência de uma rede de IoT, ou seja, quanto mais rápido um dispositivo puder se comunicar com outro, mais fluida e eficiente será a tecnologia. 

A rede de alta velocidade no passado era limitada por conexões de cabo e fibra. Porém, nos últimos anos, a velocidade da IoT aumentou devido aos avanços nas redes 5G e Wi-Fi 6 (802.11ax). Com taxas de dados sem fio mais rápidas do que nunca, o potencial da Internet das Coisas pode se concretizar. 

Para vislumbrar os horizontes da IoT, a GR1D traz para você as principais tendências em IoT que vêm por aí. Confira! 

1.  AIoT – Inteligência Artificial e Tecnologia IoT

Um dos casos de uso mais fascinantes da tecnologia IoT é o suporte aos softwares de inteligência artificial. A inteligência artificial e a Internet das Coisas têm uma relação mútua. A IA é beneficiada pela IoT com dados distribuídos. E a IoT é beneficiada pela IA com gerenciamento avançado. 

Como as tecnologias de inteligência artificial são fortemente orientadas por dados, os sensores de IoT são um imenso ativo para o banco de dados de Aprendizado de Máquina (Machine Learning). 

De acordo com a Research and Markets, a IA na tecnologia da Internet das Coisas atingirá um valor de US$ 14,79 bilhões até 2026. Dados de alta qualidade são fundamentais para o sucesso das técnicas de ML. 

Por exemplo, os sensores de IoT na indústria podem ajudar os algoritmos de ML a determinarem o período em que cada equipamento deve passar pela manutenção preditiva, uma das principais aplicações da IA na fabricação.

2. Conectividade IoT: 5G, Wi-Fi 6, LPWAN e satélites

O principal desafio que as redes IoT tiveram que superar nos últimos anos são as taxas de dados sem fio. À medida que essas tecnologias melhoram, o mesmo acontece com os aspectos da tecnologia IoT, incluindo sensores, computação de ponta, wearables, casas inteligentes e muito mais. 

Recentemente, mais infraestrutura foi desenvolvida para novos tipos de conectividade que tornam as soluções de IoT mais viáveis. São tecnologias de conectividade como: 

  • 5G (redes móveis avançadas): em muitas soluções de tecnologia IoT a infraestrutura de conectividade precisa ser configurada antes que uma série de dispositivos de borda, sensores ou outros dispositivos possam ser mantidos. No entanto, redes móveis 4G podem ser uma alternativa potencial para determinadas situações, como ambientes externos. No entanto, a 4G é limitada pela largura de banda. As redes 5G, no entanto, são muito mais rápidas e podem suportar o processamento de dados necessário para redes IoT com muito mais eficiência. 
  • WI-FI 6: para configurações internas, o Wi-Fi operando na banda de 6 GHz aumenta muito o potencial de largura de banda da tecnologia IoT. Quanto mais rápido uma rede de dispositivos puder se comunicar, mais confiável será o sistema. Como bônus, o Wi-Fi 6 pode ser usado em residências, o que significa que isso pode oferecer grandes benefícios para redes IoT domésticas inteligentes. 
  • Rede LPWAN: a rede LPWAN (Low Power Wide Area Network ou Rede de Longa Distância de Baixa Potência) é uma tecnologia emergente e eficaz para conectar dispositivos com uso de baixa largura de banda, com menores taxas de bits em áreas maiores. Trata-se de uma boa opção para dispositivos IoT que se comunicam entre si em uma base Máquina a Máquina (M2M). As LPWANs são mais eficientes em termos de energia, pois são mais econômicas. 
  • Satélites: em alguns casos, a tecnologia IoT pode ser alimentada por satélites para redes geograficamente separadas. A grande diferença das implantações de satélites comerciais no passado é que estas novas implementações têm comunicação de Máquina a Máquina (M2M) na Internet das Coisas como uma grande parte de sua estratégia de receita. Entre as vantagens destacam-se a ampla cobertura, a confiabilidade, a longevidade, não é preciso uma infraestrutura local e, geralmente, é oferecido como um sistema fechado, mais seguro. Por fim, a transmissão vem sendo feita para uma rede de satélite IoT no sistema chamado multicasting (técnica de transmissão de um pacote de dados para múltiplos destinos ao mesmo tempo).

3. IoT e computação de borda 

A união da Internet das Coisas à computação de borda é motivada por duas questões muito importantes: a produtividade e a segurança

Ao trabalhar com a edge computing, todo o processamento de dados será realizado no próprio equipamento, ou na “borda”, como caracterizado pela tecnologia. 

Isso significa que a ausência de um servidor central no processamento de dados permite que reparos, quando necessários, sejam realizados de forma isolada, sem prejudicar o desempenho de outros equipamentos paralelos.

A computação de borda é mais segura, pois seus protocolos de segurança são criptografados e também são nativos do próprio equipamento. 

A consultoria americana BCG listou os desafios e oportunidades na segurança das informações com relação à IoT

4. Tecnologia IoT vestível

Embora os sensores e os dispositivos de borda sejam importantes para muitas soluções de tecnologia IoT, os dispositivos de IoT vestíveis não devem ser negligenciados. 

Relógios inteligentes, fones de ouvido e headsets de realidade estendida (AR/VR) são importantes dispositivos de IoT vestíveis que estão fazendo ondas em 2022 e só continuarão a evoluir. 

A tecnologia IoT vestível tem imenso potencial para auxiliar em funções médicas devido a sua capacidade de acompanhar os sinais vitais do paciente. Esses dispositivos podem executar tarefas como alertar automaticamente outras pessoas em caso de emergências e coletar registros contínuos de saúde.

Além disso, os dispositivos de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) podem ter seu desempenho melhorado com os dados contextuais em tempo real.

O fornecimento de dados de sensores e informações de rede em um dispositivo vestível pode ser muito útil para profissionais nestas situações: 

  1. Um fabricante revisando uma simulação digital de um layout de fábrica em realidade virtual. Os dados dos sensores IoT do chão de fábrica real podem ser mostrados ao lado do gêmeo digital para comparação de desempenho;
  2. Um trabalhador do centro de distribuição usando AR em um dispositivo móvel para localizar a posição de um item em um depósito, onde os dispositivos IoT ajudam a localizar o item e enviar instruções ao trabalhador.

5. Casas e escritórios inteligentes

A ascensão dos assistentes digitais, como Google Assistant, Amazon Echo e a Siri da Apple transformaram a indústria de casas inteligentes. 

Com a tecnologia IoT doméstica agora capaz de gerenciar inúmeros dispositivos como luzes, eletrodomésticos e até sistemas de segurança doméstica, a tecnologia parece ter atingido o apogeu. 

No entanto, ainda há muito mais espaço para crescimento do que veremos nos próximos anos. De acordo com a Mordor Intelligence, o mercado de casas inteligentes terá um crescimento de 25% até 2025, permitindo que a indústria atinja um tamanho de US$ 246 bilhões. 

Na verdade, a pandemia foi a maior das responsáveis pelo crescimento da Internet das Coisas no mundo e isso impactou também a forma das pessoas trabalharem. 

O home office, que já era comum em uma parcela de empresas, agora é algo muito normal para um número cada vez maior de organizações. 

A IoT passa a colaborar com os profissionais que precisam monitorar equipamentos externos, como é o caso das indústrias de produção. O controle remoto e a leitura de dados resolvem completamente essa demanda. 

Além disso, à medida que as empresas retomarem seus locais de trabalho, devem passar a utilizar a tecnologia da IoT para criar escritórios inteligentes. 

A tecnologia IoT permite medir o controle interno de temperatura, níveis de dióxido de carbono e a umidade dos edifícios. Essa ação cria o ambiente de trabalho ideal para cada funcionário e reduz o consumo de energia.

Soluções úteis para a reabertura de escritórios na era pós-COVID incluem gerenciamento de estoque e segurança aprimorada. Uma das integrações de IoT que mais economizam tempo é o inventário inteligente. Ou mesmo adicionar soluções inteligentes de segurança de escritório baseadas em reconhecimento de voz e face.

6. Cidades inteligentes

Há muitas aplicações para a tecnologia IoT no desenvolvimento de redes de cidades inteligentes. Parece coisa de ficção científica, mas a implantação de Internet das Coisas em escala metropolitana já é uma realidade em muitas cidades do mundo. 

O conceito de cidade inteligente propõe a adequação de dispositivos de IoT em todo o território para a realização de monitoramentos que focam em trazer maior controle e segurança. Destacam-se utilizações como: 

  • Acompanhamento do trânsito da cidade;
  • Fluxo de pedestres em ambientes públicos; 
  • Controle da utilização de energia nas residências; 
  • Distribuição equilibrada de recursos hídricos.

Confira a reportagem da PUC de Campinas que trata dos adventos da cidade inteligente. 

7. IoT na área da saúde

A tendência crescente da utilização de acessórios inteligentes para o monitoramento da saúde foi acelerada graças à pandemia do Covid-19, com a imposição do distanciamento social.

Os dispositivos de IoT voltados para a saúde, também chamados de wearables (vestíveis), podem ser utilizados para o monitoramento dos sinais vitais, como os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e a temperatura.  

Nas cirurgias, os médicos podem ser auxiliados por Realidade Aumentada, onde wearables e outros sensores fornecem dados ao cirurgião. Hoje em dia, a robótica também vem auxiliando na saúde, seja em cirurgias, diagnósticos, reabilitação e outras utilizações. 

Há também casos de uso tradicionais de IoT, como sensores de quarto de hospital que podem monitorar os sinais vitais do paciente ao longo do dia para ajudar os médicos no diagnóstico e tratamento. 

Outro caso de utilização da  tecnologia IoT na saúde é o Web Real-Time Communication (WebRTC) unificado com redes IoT, que pode fornecer telemedicina mais eficiente em determinadas áreas.

O mercado global de dispositivos médicos IoT está projetado para atingir US$ 94,2 bilhões até 2026.

Este mercado deve crescer principalmente devido à necessidade de contenção de custos na prestação de serviços de saúde, foco crescente no envolvimento ativo do paciente, na prestação de cuidados centrados na população e nas iniciativas governamentais para promover a saúde digital.

8. IoT na indústria

A tecnologia IoT tem um grande potencial para avançar na indústria de manufatura. Com matrizes de sensores no chão de fábrica, esta indústria tornou-se mais automatizada do que nunca. 

Um dos resultados mais importantes da expansão dos sensores IoT na fabricação é que essas redes estão alimentando aplicativos avançados de inteligência artificial. 

A IA não pode fornecer soluções como manutenção preditiva, detecção de defeitos, gêmeos digitais e design generativo sem dados críticos fornecidos por sensores. 

9. A próxima fronteira da tecnologia IoT é a IoB

Com a transformação digital e a invasão de dispositivos conectados à Internet, a forma como os usuários interagem com outras pessoas e empresas mudou. Foi aí que nasceu o conceito de Internet of Behavior (IoB) ou, em português, Internet do Comportamento.

A IoB utiliza os dados coletados nos dispositivos conectados à rede para mapear os hábitos dos usuários. Os dados são coletados de diferentes sites, sensores, telemática, plataformas de mídia social, monitores de saúde, entre outros. Cada um deles coleta dados adicionais dos consumidores enquanto realizam atividades on-line.

Depois, estes dados são analisados ​​e estudados pelas empresas para tomar decisões de negócios, alterar técnicas de marketing e desenvolver produtos e serviços.

Para as empresas, significa poder mudar sua imagem, comercializar produtos de forma mais eficaz para seus clientes ou melhorar a Experiência do Cliente (CX) de um produto ou serviço. 

Mas para preservar o direito dos titulares dessas informações é fundamental que as empresas respeitem as legislações de proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), vigente no Brasil, e outras legislações já implementadas pelo mundo.

Riscos à segurança

Por outro lado, a IoB pode permitir aos cibercriminosos acessar dados sensíveis que revelam padrões de clientes, recolher e vender códigos de acesso à propriedade, rotas de entrega e até códigos bancários. 

Estes cibercriminosos poderiam levar o phishing a outro nível, gerando esquemas mais avançados, adaptados aos hábitos de cada usuário, e maximizando a probabilidade de os utilizadores serem enganados. 

Assim, é importante ter uma plataforma segura, armazenamento e execução de dados com a utilização de algumas ferramentas de segurança como:

  • Computação Confidencial: trata-se de uma tecnologia que criptografa os dados durante o uso, isto é, quando estão sendo processados.
  • Encriptação E2EA: é uma criptografia de ponta a ponta, em que uma mensagem enviada fica privada para todos, incluindo o serviço de mensagens. Ela só é descriptografa para a pessoa que envia a mensagem e o receptor dela. 
  • Ferramentas SDP: são soluções de Software-Defined Perimeter (SDP), ou perímetro definido por software, que oferecem uma forma flexível de proteger perímetros de rede, evitando as armadilhas de soluções de segurança de rede populares, como VPNs. 

A tecnologia IoB ainda é muito nova e seu desenvolvimento caminha interligado ao da IoT. Se usada corretamente, ajudará a entender melhor cada consumidor e auxiliará não apenas as empresas privadas, mas também os governos a melhorar os serviços públicos.

Nos próximos anos, a IoB atuará como um ecossistema, responsável por definir o comportamento dos humanos no mundo moderno.

A Internet do Comportamento tem imenso potencial e possibilidade de se transformar em algo mais que apenas um algoritmo que coleta dados.

A Internet das Coisas ajuda a converter dados em informações úteis, mas a IoB ajuda a converter essas informações em conhecimento real.

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