Inovação aberta no setor bancário e o impacto do Open Banking

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O setor bancário e financeiro passa por mudanças significativas desde a chegada do Open Banking. Após a última fase de implementação do novo modelo, que teve início em dezembro de 2021, o ecossistema agora tem acesso a dados dos clientes para facilitar e democratizar a oferta de produtos e serviços. Para apoiar esse processo de inovação aberta, soluções como uma API se mostraram muito importantes para expandir as funcionalidades das plataformas digitais.

Soma-se a esse contexto a virada de chave que o último ano representou para a maturação das fintechs no ecossistema de inovação para o setor financeiro. Agora, junto com as instituições bancárias tradicionais, elas devem investir cada vez mais em serviços e tecnologias para garantir espaço na concorrência mais acirrada gerada pelo Open Banking.

Neste artigo, vamos traçar o panorama atual do cenário bancário, explicar os novos conceitos de inovação, bem como a importância de uma API, e avaliar as expectativas para o futuro do Open Banking. Confira a seguir!

Afinal, o que é Open Banking?

O Open Banking é uma nova regulamentação que visa ao compartilhamento de dados dos clientes para democratizar a oferta de serviços e produtos financeiros, de forma mais transparente e com menos custos. Os dados — que incluem desde informações pessoais a saldos, cartões de crédito e investimentos — se tornam posse dos próprios clientes, que escolhem se querem compartilhá-los ou não com as instituições.

O lançamento ocorreu em fevereiro de 2021, com a implementação realizada por fases. As empresas agora devem construir seus modelos de atuação com mais foco na tecnologia. É um cenário desafiador, mas que facilita a entrada de novos players e o fortalecimento das fintechs, empresas dedicadas a serviços bancários e financeiros com foco na inovação.

Os desafios visam principalmente à criação de plataformas modernas, que devem contar com novas funcionalidades para a oferta de produtos variados. Cabe a todos os players adequarem seus modelos de negócio às práticas regulatórias exigidas para o setor, buscando infraestrutura adequada para levar as ofertas e se comunicar com o consumidor.

O papel da API para a inovação aberta

Com o novo cenário, os bancos precisam investir fortemente na transformação digital rumo à inovação aberta exigida pelo Open Banking. Para isso, a API (Application Programming Interface) se torna ferramenta essencial. É uma interface de aplicação pronta que se integra ao software utilizado pelo banco, facilitando a expansão dos serviços.

Ela agrega valor ao permitir ampliar as receitas das instituições com novas funcionalidades, levando à criação de novas experiências e de inovação nas operações financeiras. Enquanto alguns bancos já seguiam essa tendência mesmo antes do Open Banking — o Banco do Brasil, por exemplo, já oferece serviços de inteligência financeira a partir da integração com o Conta Azul desde 2017 —, a nova regulamentação torna a ação obrigatória.

O uso de API traz a facilidade de acelerar a inclusão de novos serviços, reduzindo o tempo de integração das funcionalidades. Para se adaptar aos novos tempos, as instituições financeiras devem se apoiar em parcerias com fintechs e startups de tecnologia que disponibilizam as APIs ideais para criar novos produtos.

Open innovation: a hora de inovar

O Open Banking coloca o setor bancário no conceito de open innovation, ou inovação aberta. Trata-se da utilização de dados e informações para fomentar a criação de novos negócios e a chamada economia de plataforma. No conceito, há dois movimentos fundamentais para as empresas: entender os espaços disponíveis para gerar valor ao mercado e observar ferramentas do mercado que podem ser utilizadas nos negócios.

O primeiro caso é o esforço de olhar para dentro e analisar seu potencial de gerar novos produtos e serviços para os clientes, como diferentes opções de crédito ou carteiras de investimentos.

O segundo movimento visa olhar para fora, buscando parcerias para desenvolver plataformas modernas e tecnologias inovadoras para disponibilizar o novo portfólio. É aqui que entra a API, que é construída por uma empresa ou equipe especializada para monetização e fonte de receitas. Os bancos se tornam clientes desses players, utilizando o ambiente de inovação para levar seus produtos aos próprios clientes.

Para entrar na economia de plataforma, as tecnologias são fundamentais, mas devem ser utilizadas como aliadas à criatividade na criação de soluções inovadoras. É importante observar as necessidades dos clientes e desenvolver formas de satisfazê-las a partir da disponibilidade de dados e informações. Esse é o grande segredo do open innovation e, consequentemente, do Open Banking.

Panorama do ecossistema após o Open Banking

O Open Banking trouxe uma forte movimentação no sistema financeiro, com a expansão do relacionamento com os clientes como principal pilar. Em 2021, o setor teve um crescimento significativo de investimentos: segundo dados do Distrito, foram mais de US$ 3,5 bilhões para inovação em comparação com US$ 1,9 bilhão em 2020. Essa explosão nos valores reflete a maturidade alcançada pelo segmento, principalmente em relação às fintechs.

A consultoria Findexable listou São Paulo como a quarta cidade com o maior ecossistema fintech do mundo no relatório de 2021. O documento avalia questões como quantidade, qualidade e receptividade das startups, sendo o Nubank um grande destaque. A empresa brasileira teve o segundo maior IPO de fintechs no mundo todo.

E o foco em inovação não é para menos, já que o ecossistema bancário migra cada vez mais para o ambiente digital. A pandemia, inclusive, contribuiu para acelerar esse processo: em 2020, as transações bancárias realizadas por celular cresceram 35%, como apontam as Estatísticas de Pagamento de Varejo e de Cartões. Esses dados vão ao encontro de iniciativas recentes de inovação aberta, como o sistema PIX implantado no mesmo ano.

O que vem a seguir?

O Open Banking completou um ano no Brasil, em fevereiro, e estimulou a concorrência entre o setor financeiro. Com a conclusão das quatro fases de implementação, o que devemos esperar é o surgimento cada vez maior de ofertas de serviços e produtos personalizados.

A expectativa é que cada vez mais empresas passem a aderir ao modelo aberto, com os bancos chegando a visões mais estratégicas sobre que tipo de ofertas incorporarem em seus negócios. Se 2021 foi um ano para se adaptar e entender o conceito, 2022 promete uma maior aplicabilidade do Open Banking. Será um ano para executar melhor as transações e expandir as possibilidades de soluções.

O próprio Banco Central tem um cronograma que inclui novas formas de pagamentos para boletos e débito em conta, bem como propostas de encaminhamento de crédito. Em maio, o Open Finance também deve ganhar mais força, sendo possível obter dados transacionais dos serviços desse nicho permitidos pelo cliente.

E a GR1D com isso?

A GR1D é uma viabilizadora de inovação aberta e, por efeito, de Open Banking. A plataforma reúne diversas APIs de todos os segmentos para que negócios e serviços inovadores possam ser construídos.

Para ajudar nessa trajetória, disponibilizamos nossa metodologia Shake Up, que combina outras como Agile e Design Thinking, para estimular empresas a pensarem nas necessidades do usuário e criar estratégias para seus modelos de negócios. Também reunimos as últimas informações e notícias sobre os avanços do mercado em cada segmento, mostrando quais são as últimas tendências e o caminho que a inovação está seguindo.

Hoje, estar na vanguarda é uma obrigação. Para participar dessa nova era de negócios, é preciso realizar a transformação digital e estar disposto a inovar e participar desse novo conceito de colaboração. E não achar que o jogo já está vencido. 

Conheça o nosso marketplace de APIs e encontre as soluções ideais para expandir seu negócio. Leve a inovação das nossas interfaces para a sua plataforma!

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